G. Gueiros
Parte 1
A ciência nestes últimos anos tem coleccionado dados sobre factos que, não sendo propriamente novidade, apontam de forma enfática oara o envelhecimento da Terra. Profundas alterações no ecossistema, com sinais de desequilíbrio envolvendo o meio ambiente, têm sido apontadas pelos cientistas a governos e nações como advertência e estímulo para uma tomada de posição e compromisso no sentido de cuidar da limpeza e recuperação do planeta. Daí os projectos ecológicos para preservar florestas, oceanos, águas dos rios e clima, com vista à melhoria da qualidade de vida das populações e salvaguarda do futuro.
Para o crente, o mistério da Criação está contido num plano desconhecido pela razão humana, seguindo um processo que confirma que a terra está de facto a envelhecer.
As recentes explorações feitas pelo Pathfinder concluem que o mesmo processo de desertificação que ocorreu no planeta Marte deverá ocorrer um dia com a Terra pelo efeito estufa e da perda da camada de ozono que protege a Terra.
A visão bíblica exposta pelo profeta Jeremias (Jeremias 4:23-27) diz: “Observei a Terra, e eis que era sem forma e vazia; também os céus, e não tinham a sua luz. Observei os montes, e eis que estava tremendo; e todos os outeiros estremeciam. Observei e eis que não havia homem algum, e todas as aves do céu tinham fugido. Vi também a terra fértil era um deserto, e todas as suas cidades estavam derrubadas diante do Senhor, diante do furor da sua ira. Pois assim diz o Senhor: Toda a Terra ficará assolada; de todo, prém, não a consumirei”.
Observa-se que segundo esta profecia há um processo em andamento no sentido de um desfecho esperado, enquanto João, apóstolo e evangelista, ameniza apontando para um escape: “E vi um novo céu e uma nova terra, porque já o priemiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe” (Apocalipse 21:1).
40% dos seres vivos desapareceram nos últimos 50 anos
Em 17 de Setembro de 1970, o jornal “O Globo” publicou declarações do cientista oceanográfico Jacques Costeau – que acabara de chegar de uma viagem de pesquisa da vida submarina, tendo percorrido 2.500 Kms a bordo do seu navio oceanográfico Calipso durante 3 anos –
celebrando o feito com diversas manchetes surpreendentes, tais como: “O mar está moribundo”, “40% dos seres vivos no mar desapareceram nos últimos 50 anos”, “Mais de 1.000 espécies já foram extintas”.
A revista “Veja” registou um resumo de todas as discussões da ECO-92, realizadas em 17 de Julho no Rio de Janeiro, quando novos caminhos foram abertos para sensibilizar o mundo quanto à sua real situação, não faltando apelos e advertências veementes no sentido de preservar o meio ambiente para garantir a sobrevivência das populações.
De novo o comandante Costeau, entre outros, voltam a advertir o mundo para os perigos do crescimento asem controle das populações humanas e o impacto ecológico sobre o ecossistema planetário. Afirmou Costeau que dentro de 20 anos, com o crescimento populacional, os pescadores teriam ultrapassado em 20% o limite dos oceanos considerado como a “última fronteira” e cujos recursos estão já exauridos.
Nessa reunião, um grupo de representatividade mundial apresentou os problemas ecológicos, onde logo de início se observaram informações de impacto para quem acompanha as profecias bíblicas:
· Disseram: aqui estão reunidos os representantes da Terra;
· Enquanto o Presidente dos EUA, George Bush (Pai), nos seus 6 mins. e 50 segs. proferia o seu discurso, 1.260 pessoas nasciam no mundo e uma área do tamanho do Rio-centro tornava-se imprópria para o plantio;
· Jacques Costeau, o renomado cientista conhecedor dos oceanos e das partes selvagens do planeta, não falou da pesca indiscriminada do atum nem do Boto cor-de-rosa do Amazonas, mas disse que não há neste mundo um administrador capaz de gerir um planeta que crece nas proporções de uma China a cada 10 anos.
Algumas das conclusões a que chegaram os participantes na ECO-92, com base em pesquisa do eco-sistema mundial:
· O grande desmatamento do planeta e a queima das florestas, causando enormes danos, que se estendem à visível alteração climática, além da extinção de espécimes animais e vegetais na proporção de 80 espécimes diários;
· O efeito estufa – superaquecimento global provocado pelo enxarcamento do ar com gás carbónico;
· Contaminação das águas e redução dos seus volumes;
· A destruição da camada de ozono, que protege a Terra e seus habitantes dos raios ultravioleta, que provocam danos à agricultura de doenças graves aos homens (como melanoma – o mais agressivo cancro de pele, e perda de visão por catarata);
· As proporções ecológicas são de extremo equilíbrio, como por exemplo: para se ter 1 kg de atum são necessárias 10 toneladas de plâncton, que é o micro organismo do qual o primeiro se alimenta.
Informaram os representantes da ecologia mundial dos problemas importantes de grande repercussão na saúde do planeta, preconizando medidas para a sua contenção.
Sabemos que, além dos problemas ecológicos, há outros problemas globais por que o mundo passa, objecto dos sinais dos tempos profetizados, a ponto de haver um clamor mundial por um Organismo Internacional que responda pelos assuntos comuns a todo o planeta.
Parte 2
As trombetas
Consideremos agora a profecia bíblica.
Apocalipse 8:6 – “Então os sete anjos que tinham as sete trombetas prepararam-se para tocar”
A Primeira Trombeta – Ap 8:7 – “Foi então queimada a terça parte da Terra, e das árvores, e também toda a erva verde”.
As advertências sobre os perigos do desmatamento, com afirmações de que não haverá outra “revolução verde”, já haviam sido feitas quando Euclides da Cunha aponta em seu livro “Os Sertões” para o perigo da desertificação do Brasil. Segundo Costeau, de cada 10 árvores 8 caem vitimadas pelo extravismo comercial. Trata-se do desmatamento e da queima de florestas, já mencionados na introdução.
É totalmente desnecessário perguntar se essa trombeta já tocou.
A Segunda Trombeta – Ap. 8:9 – “e morreu a terça parte da criação que tinha vida, existente no mar”.
As manchetes da viagem de Costeau estampadas no jornal “O Globo” de 1970, e todo o trabalho da Eco-92 em sua avaliação sobre a situaçaõ caótica dos Oceanos, apresentam dados comprovadamente científicos quando confirmam o profético: “Quarenta por cento dos seres vivos do mar desapareceram nos últimos 50 anos”.
Podemos afirmar com certeza que a segunda trombeta já tocou,
crendo na profecia e na veracidade da Palavra sobre a destruição da terça parte (33%) da vida existente no mar.
A Terceira Trombeta – Ap. 8:11 – “... e a terça parte das águas tornou-se em absinto, e muitos homens morreram das águas, porque tornaram-se amargas”.
CHERNOBYL (Ucrânia) – 25 de Abril de1986: acidente numa estação nuclear provocou cerca directa e indirectamente cerca de 400.000 mortos, sem contar inúmeras vítimas que até hoje sofrem de doenças várias. A região afectada (interior do círculo a tracejado) será uma área radioactiva durante os próximos 48.000 anos. Mas alguns crêem que as radiações mais perigosas terão passado dentro de 600 anos.
Há informações de que existe uma relação entre a palavra russa Chernobyl com “absinto”, termo bíblico usado no texto, entendendo que a catástrofe atómica de Chernobyl foi apenas um sinal que se tornou particularmente evidente, mas a que devem ser somados outros acontecimentos do mesmo género que ocorreram até hoje, resultando em centenas de quilómetros de terras improdutivas, além de rios poluídos e mares contaminados.
Torna-se quase necessário falar das fontes de águas que se secam, dos desvios de rios para objectivos energéticos e da poluição com toda a sujeira de esgotos e dejectos dos afluentes industriais. Além do mercúrio, que em muitos rios já ultrapassou a medida de segurança para a vida animal, sem falar de todo o tipo de agentes transmissores de epidemias diversas e doenças, algumas que levam à morte.
A conclusão da Eco-92 foi que 33% dos habitantes do planeta não têm acesso a água limpa e que a falta de água iria agravar-se consideravelmente.
Entendemos que por esses e outros dados a Terceira Trombeta já foi tocada.
A Quarta Trombeta – Ap. 8:12 – “e foi ferida a terça parte da lua, e a terça parte das estrelas, para que a terça parte delas se escurecesse e a terça parte do dia não brilhasse, e semelhante a da noite”.
Os discípulos perguntaram a Jesus quando seriam estas coisas e que sinais haveria da sua vinda e Jesus responde (em Mateus cap. 24 ver. 29): “E logo depois da aflição daqueles dias o sol escurecerá, e a lua não dará o seu brilho, as estrelas cairão do céu, e as potências do céu serão abaladas”.
Literalmente, isto não aconteceu até aos dias de hoje e por certo acontecerá num momento especial que assinalará o encerramento de mais uma dispensação. Mas não se sabe nem o dia nem a hora desses acontecimentos, sendo que o preparo da parte do Senhor está já a ser providenciado através do derramamento do Espírito Santo.
Não queremos com este assunto molestar as consciências, nem temos a intenção de nos colocar na posição de profetas de catástrofes, porque bem sabemos que tudo está sob o controle de Deus, o Todo-Poderoso que, antes de agir ou condenar, providencia o Salvador, porque Ele ama todo o homem, objecto da Sua criação.
A certeza dos toques das trombetas foi assunto dos escritos de Paulo, apóstolo do Senhor Jesus, em sua primeira carta dirigida aos Coríntios, no capítulo 15, verso 52, quando adverte: “Num abrir e fechar de olhos, ante o toque da última trombeta, porque a trombeta soará”.
Nós discernimos que esse momento da última trombeta, de que fala o apóstolo, refere-se ao arrebatamento da Igreja. Ou seja, a “última trobeta”, de que Paulo fala, refere-se à Quarta Trombeta do texto de Apocalipse. As trombetas são sete, pelo que concluímos que até à Quarta a Igreja estará presente no mundo. Em seguida o Senhor Jesus vai arrebatar a sua Igreja para que ela não passe pelos juízos das demais trombetas, que se referem à Grande Tribulação (Ap. 8:13/9:1-21).
Em conclusão: o legado do pesquisador Cousteau é parte de um grande sinal visível para todos, apontando para um projecto em andamento que corrobora com a profecia bíblica sobre o envelhecimento da Terra.
A Quarta Trombeta Soará!